A Fundação Cultural de Jacarehy encerrou o primeiro semestre de 2025 com avanços expressivos e inovadores na história da cidade, tanto na oferta cultural quanto no fortalecimento institucional e na valorização da cultura local. O período foi marcado pela realização de 120 eventos culturais, somando 822 horas de programação gratuita e alcançando um público estimado em mais de 230 mil pessoas.
Metade dessa programação foi desenvolvida em parceria com agentes culturais, coletivos e instituições locais, evidenciando a importância da articulação entre poder público e sociedade civil na construção de uma política cultural participativa. Ao todo, 112 artistas foram contratados, contribuindo para o estímulo à economia criativa e à valorização dos profissionais da cultura no município.
Na área de fomento, a Fundação elaborou 13 editais públicos, ampliando o acesso a oportunidades e fortalecendo os mecanismos de incentivo às diversas linguagens artísticas e expressões culturais. Pela primeira vez, a instituição participou e foi finalista do Prêmio Governador do Estado de São Paulo, além de ter sido contemplada em três editais estaduais.
O Bate-papo LIC (Lei de Incentivo à Cultura) também foi lançado no início do ano, com o objetivo de capacitar artistas e esclarecer dúvidas sobre a inscrição de projetos. O resultado superou expectativas, com 80 projetos habilitados.
A programação cultural expandiu-se pelos espaços públicos da cidade, de leste a oeste, com diversas apresentações artísticas na Sala Mário Lago, 85 sessões de oficinas culturais e ações de mediação, como as contações de histórias no Museu de Antropologia do Vale do Paraíba, que aproximaram diferentes públicos dos acervos e atividades da instituição. O semestre também marcou o lançamento do programa Férias Culturais, entre outras iniciativas de destaque.
Outro avanço importante foi a incorporação de novos equipamentos culturais à gestão da Fundação, como a Casa da Cultura, dedicada aos mestres da Cultura Viva; a Casa do Artesão no Parque da Cidade, voltada à valorização da produção artesanal local; e a Estação Cultural, que passou a receber o público com a exposição permanente “Memória dos Trilhos”. Em parceria com a TV Câmara, foi produzido um documentário que resgata as memórias afetivas da ferrovia em Jacareí, hoje exibido na própria Estação Cultural.
A Fundação também celebrou a aprovação da lei que reconhece a Corporação Musical de Jacareí como patrimônio imaterial, um marco histórico após 85 anos de trajetória, reforçando o compromisso com a preservação da memória e a valorização dos músicos da cidade.
No campo administrativo, a instituição avançou com a revisão de processos internos, capacitação de servidores — incluindo formações sobre a nova Lei de Licitações e gestão cultural — e a criação do Manual de Conduta, que promove boas práticas no ambiente institucional. Também foi lançado o canal “Comunica FCJ”, voltado à comunicação interna entre os servidores.
Entre as ações inéditas, destacou-se a campanha de vacinação “in loco” para servidores, integrando cuidados com a saúde à rotina de trabalho. Os espaços destinados a artesãos, entidades, expositores, artistas e estudantes de arte em eventos promovidos pela Fundação também foram ampliados de forma inédita e surpreendente.
O semestre foi encerrado com o lançamento do Festival do Bolinho Caipira de Jacareí, evento que celebrou o centenário do patrimônio imaterial em um novo formato, maior, mais colorido e com intensa programação de cultura popular e oficinas. Outros destaques do período foram o CarnaFé, o Bloquinho Kids, o Fest Bairro, entre outros.
“Este semestre foi de escuta, construção coletiva, inclusão, valorização, fortalecimento de vínculos com a cidade e expansão da arte e da cultura em Jacareí. Cada ação realizada é parte do nosso compromisso com uma cultura viva, preservando as nossas raízes e tradições de forma acessível e transformadora”, afirma Juliane Guedes, presidente da Fundação Cultural de Jacarehy.
Durante o período, a instituição também promoveu duas consultas públicas e seis audiências públicas, além de reuniões com os setoriais e com o Conselho Municipal de Políticas Culturais, para aplicação do recurso federal de R$ 1,6 milhão via PNAB.
Em breve, novos lançamentos serão entregues à cidade, como o CEIJU II – Leste, com salas destinadas a oficinas culturais e inclusão social; a nova sede administrativa da Fundação Cultural de Jacarehy, que oferecerá melhor estrutura de trabalho e atendimento ao público; um novo site institucional, moderno, acessível e voltado à transparência; e eventos como o FÉstival – Festival da Primavera, o Festival Consciência Negra, o Festival Broadway, o Fest Kids, o Jacareí Natal Luz, além dos programas Interação e Educação Cultural (IEC) e Cultura no Bairro.
O Museu de Antropologia do Vale do Paraíba segue em obra de manutenção e preservação, reforçando o compromisso da Fundação com a conservação do patrimônio histórico e cultural da cidade.
“Com planejamento, articulação e foco em resultados, a Fundação Cultural segue consolidando políticas culturais que refletem a diversidade da cidade e promovem o desenvolvimento humano por meio da arte, da memória e da participação cidadã”, conclui a presidente.