Inaugurado oficialmente em 12 de setembro de 2000, o Arquivo reúne atualmente mais de 1.600 metros lineares de documentos que vão de 1705 a 2021, entre manuscritos, impressos, fotografias, plantas arquitetônicas, mapas, registros sonoros, filmes e outros suportes documentais.
A história do APHMJ começa antes mesmo de sua inauguração. Em 1985, a recém-criada Fundação Cultural de Jacarehy recebeu um importante conjunto documental que estava sob a guarda do Fórum da Comarca de Jacareí. Esse acervo inicial marcou o início de um processo de formação contínua, com a incorporação de documentos públicos e privados, doações de cidadãos, arquivos de instituições, coleções de jornais e registros da própria administração municipal.
Entre 1997 e 1998, esse material passou por um processo de intervenção arquivística que visava identificar os documentos e estruturar uma política pública para os arquivos da cidade. O trabalho resultou na criação oficial do Arquivo Público e Histórico de Jacareí, por meio da Lei Municipal nº 4.264, de 15 de dezembro de 1999, vinculando-o à Fundação Cultural de Jacarehy “José Maria de Abreu”.
Desde sua inauguração em 2000, o Arquivo está aberto à consulta pública e se tornou uma das instituições mais relevantes para o patrimônio cultural de Jacareí. Além de abastecer pesquisas acadêmicas e publicações em diversas áreas, também colabora com a produção de filmes, exposições, documentários e produtos culturais com alcance nacional e regional. O APHMJ promove ainda uma programação própria, com exposições, oficinas, palestras e projetos de ação educativa.
O prédio que abriga o Arquivo também tem sua própria história. Localizado no Centro Histórico de Jacareí, o imóvel está em um ponto conhecido como “Os Quatro Cantos”. No final do século XIX, o terreno abrigava um casarão de taipa construído pela família italiana Tarantino, em estilo colonial português. Após a demolição do casarão, em 1931, foi erguido o Solar dos Denis, sobrado do imigrante belga Eduardo Denis, figura marcante na história do comércio local. O prédio foi desapropriado entre 1989 e 1992, durante a gestão do prefeito Osvaldo Arouca, e doado à Fundação Cultural em 2000.
O acervo do APHMJ é composto por documentos de valor histórico, permanente, probatório e informativo, organizados em fundos arquivísticos de diferentes origens: Câmara Municipal, Prefeitura, escolas, o Fórum, a própria Fundação Cultural, além de arquivos privados doados por famílias e instituições.
Mais do que conservar papéis, o Arquivo Público e Histórico de Jacareí cumpre um papel fundamental na vida da cidade: atua como elo entre o poder público e a sociedade, garantindo o acesso à informação e promovendo o direito à memória, à história e à cidadania.
Nosso site utiliza cookies para melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar navegando e aceitar você está de acordo com a nossa política de privacidade.