O escritor Eduardo César Werneck realiza na noite de quinta-feira (24), às 19h, no Museu de Antropologia do Vale do Paraíba, o lançamento do livro Marquês de Paraná – A vida pública e privada de “El Rei” Honório Hermeto Carneiro Leão.
O livro, de 800 páginas ‘ricamente’ ilustradas narra as histórias polêmicas que cercavam o Marquês do Paraná, sua morte sem diagnóstico definido, seu enriquecimento rápido e pouco explicado, o fato de ser um escravocrata, as comparações do cenário político e da saúde atual com o do século 19.
O prefácio é assinado pelo professor Cândido Mendes, da Academia Brasileira de Letras.
Personagem – Membro do Partido Conservador, o mineiro Honório Hermeto Carneiro Leão (1801 a 1856), ocupou cargos como o de “primeiro-ministro”, ministro da Justiça e da Fazenda, senador vitalício e presidente provincial. Deixou sua marca política como deputado, senador, ministro da justiça, desembargador juiz das províncias de Ilhabela e São Sebastião, entre outros cargos. Grande parte de sua vida pública foi construída na sede da Corte imperial brasileira, no Rio de Janeiro.
Em quase 30 anos de vida pública que durou de 1829 até sua morte em 1856, ele jamais fez qualquer pronunciamento favorável ao fim da escravidão. Pudera, tinha quase 200 escravos trabalhando em sua fazenda com mais de 190 mil pés de cafés na região onde hoje é a cidade de Além Paraíba, em Minas Gerais. Durante esse período, o debate abolicionista ganhava força no Brasil – em 1850 foi aprovada a Lei Eusébio de Queiroz que proibia o tráfico de escravos para o país.
Sob suspeita de enriquecimento ilícito, foi convocado a explicar aos membros da Assembleia a surpreendente evolução patrimonial. E o Marquês não pestanejou ao afirmar com a maior naturalidade que sua esposa ganhara duas vezes na loteria.
(Secretaria de Comunicação Social/PMJ)